segunda-feira, 7 de maio de 2012

A HIDROGRAFIA NO CONTINENTE AMERICANO

Um rio com seus afluentes forma uma rede hidrográfica. A área drenada por uma rede hidrográfica recebe o nome de bacia hidrográfica.Um conjunto de bacias hidrográficas, cujos rios correm para o mesmo destino, que pode ser um oceano ou um mar, constituiu ma grande vertente.De modo geral, o continente americano possui uma hidrografiafarta, pois suas terras são drenadas por numerosos rios.A maior bacia fluvial das Américasé a do Amazonas, que estálocalizada na América do Sul.Na América do Norte, a maiore principal bacia fluvial é a do rio Mississipi. Ele nasce no norte dos EstadosUnidos, ao oeste do Lago Superior, e percorre a Planície central até o delta dasua foz, no Golfo do México.Os principais afluentes do rio Mississipi são o Missouri e Ohio. Desde aconfluência com o Missouri, na montante da cidade de Saint Louis, o grande rio passa a ser chamado de Mississipi – Missouri.Os rios São Lourenço e Grande destacam-se na formação hidrográfica dos Estados Unidos. O rio São Lourenço nasce no Lago Ontário, é o mais navegadodo continente americano e possui um sistema de eclusa.O rio Grande (Bravo Del Norte) é a maior parte da fronteira natural entre os Estados Unidos e o México. Ele deságua no Golfo do México.Na América Central, os rios e as bacias fluviais são de pequenas extensões,sem destaques no conjunto dos rios americanos.Na vertente do Atlântico, na América do Sul, as maiores bacias fluviais sãoa do Amazonas, a Platina, a do Orinoco.A Bacia do Amazonas banha as terras do Brasil, da Bolívia, da Colômbia,Peru, Equador, Venezuela e Guiana, num total de aproximadamente 6,5 milhõesde quilômetros quadrados dos quais quase 4 milhões de quilômetros quadrados encontram-se no território brasileiro.O rio principal dessa bacia nasce no pico Huagro, nos Andes peruanos.Depois de ingressar em terras do Brasil, recebe o nome de Solimões e, após receber as águas do Rio Negro, seu principal afluente, passa a se chamar Rio Amazonas.A Bacia Platina é formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, cada qual com seus afluentes. O Paraguai é estuário do Paraná. O Uruguai, por sua vez,desemboca junto à foz do rio Paraná, no chamado rio do Prata. Por isso, oconjunto hidrográfico recebeu o nome de bacia Platina ou do Prata.O rio Paraguai nasce no território brasileiro, serve de fronteira entre Brasil,Bolívia e o Paraguai, atravessa o território Paraguaio e deságua no rio Paraná. É um rio de planície, navegável, de grande importância no transporte e comunicaçãotanto para o Estado do Mato Grosso do Sul (BR) quanto para o país que atravessa, o Paraguai.O rio Uruguai serve de divisa entre os Estados brasileiros de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Serve, também, de limite entre o Brasil e a Argentina e entre a Argentina e o Uruguai.O rio Paraná é o principal rio da bacia. Ele tem 4 mil e quinhentos quilômetros de extensão, sendo um rio de planalto em seu trecho superior e de planície em seu curso inferior. Seu enorme potencial hidráulico já é, em parte, aproveitado por grandes usinas hidrelétricas. Dentre as hidrelétricas do rio Paraná,destacam-se as usinas de Jupiá e Ilha Solteira, que formam o Complexo Urubupungá,entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e a de Itaipu, entre o Estado do Paraná e o país do Paraguai.

ATIVIDADES

1- O que é bacia hidrográfica?

2- O que é vertente de um rio?

3- Qual a principal bacia da América do Norte?

4- Qual a maior bacia fluvial das Américas?

5- Onde se localiza o Complexo de Urubupungá?

6-Quais são os principais afluentes do rio Missipi?

7-Qual o principal rio da Bacia Platina?

8- Como passa a se chamar o Rio Solimões após receber as águas do rio Negro?

9- Pode-se afirmar que o continente americano possui uma hidrografia farta? Explique.

10-O Rio Uruguai serve de divisa entre quais estados brasileiros?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Geografia de Mato Grosso do Sul

Geografia de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado ao sul da região Centro-Oeste e sua capital é a cidade de Campo Grande. Lingüisticamente, o nome Mato Grosso do Sul dentro de frases é acompanhado de artigo indefinido, como acontece com os estados de Mato Grosso e de Goiás.

O estado constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso, do qual foi desmembrado por lei complementar de 11 de outubro de 1977 e instalado em 1 de janeiro de 1979. Uma parte do antigo estado estava localizado dentro da Amazônia legal, cuja área, que antes ia até o paralelo 16, estendeu-se mais para o sul, a fim de beneficiar com seus incentivos fiscais a nova unidade da federação. Historicamente vinculado à região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul teve na pecuária, na extração vegetal e mineral e na agricultura, as bases de um acelerado desenvolvimento iniciado no século XIX.

Informações geográficas

Localização: Estados limítrofes:

Sul da Região Centro-Oeste do Brasil, Nordeste do Paraguay e Sudeste da Bolívia

Norte: Mato Grosso;
Nordeste: Goiás;
Leste: Minas Gerais e São Paulo;
Sudeste: Paraná;
Sul/Sudoeste: Paraguay:
Noroeste: Bolívia
População total: Área territorial:
2 449 341 (IBGE/2010) 357.124,962 km2
Capital:

Gentílico:

Campo Grande sul-mato-grossense (leia mais)

População da capital:

Epônimo:
787.204 hab. (IBGE/2010) Guaicuru
Maiores cidades:

Municípios

Distâncias entre Campo Grande e ...
Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas Áreas dos municípios (km2)

cidades do interior e outras capitais brasileiras

População dos Municípios Símbolos Oficiais
População dos Municípios do Estado - IBGE 2010 (abre em .pdf) Bandeira, Hino, Brasão
Decretos Históricos Dados Econômicos

Decreto-Lei nº 31 de 11/10/1977-Criação do Estado

Decreto-Lei nº 1 - Institui a bandeira do Estado
Dados sócio-econômicos atualizados sobre MS no IBGE.

(Clique nas miniaturas para zoom)

CIDADES PRINCIPAIS

Campo Grande. Foto wikipedia.org/
Área do município: 8.096,051 km2
População: 766.461 (IBGE/2010)
Dourados. Foto gothegol.blogspot.com
Área: 4.086,387 km2
População: 196.068 (IBGE/2010)
Corumbá. Foto wikipedia.org/
Área: 64.960,863 km2
População: 103.772 (IBGE/2010)
Três Lagoas. Foto wikipedia.org/
Área: 10.206,370 km2
População:101.722 (IBGE/2010)
Ponta Porã. Foto: faloserio.blogspot.com
Área: 5.328,621 km2
População: 77 866 (IBGE/2010)

Relevo

O arcabouço geológico do Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades, visualizam-se dois conjuntos estruturais. O primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos, e o segundo, em terrenos fanerozóicos, na bacia sedimentar do Paraná.

Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracajú, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do estado ficam entre 200 e 600 metros. O ponto mais elevado é o Morro Grande (1.065,4m)

O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção leste do estado. Constitui uma projeção do planalto Meridional, grande unidade de relevo que domina a região sul do país. Apresenta extensas superfícies planas, com 400 a mil metros de altitude. Já a baixada do rio Paraguai, domina a região oeste, com rupturas de declives ou relevos residuais, representados por escarpas e morrarias.

Estendendo-se por uma vasta área de noroeste do estado, a baixada do rio Paraguai é parte da grande depressão que separa, no centro do continente, o planalto Brasileiro, a leste, da Cordilheira dos Andes, a oeste. Sua maior porção é formada por uma planície aluvial sujeita a inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas altitudes oscilam entre 100 e 200m. Em meio à planície do Pantanal ocorrem alguns maciços isolados, como o de Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à cidade de Corumbá.

Clima

Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 25°C na baixada do Paraguai e 20°C no planalto. A pluviosidade é de aproximadamente 1.500mm anuais. No extremo meridional ocorre o clima subtropical, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto. A média térmica é pouco superior a 20°C, com queda de até 0°C nos meses mais frios do ano. A menor temperatura já registrada no estado ocorreu em Ponta Porã, com -6°C em 1975 As geadas são comuns no sul do estado registrando em média 3 ocorrências do fenômeno por ano. Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco, e a pluviosidade anual é, também, de 1.500mm.

No estado, percebe-se grande variação de temperaturas, sendo registradas pelo menos uma vez ao ano temperaturas máximas próximas de 40°C e mínimas próximas à 0°C.

Hidrografia

O Aqüífero Guarani banha parte do estado, sendo o Mato Grosso do Sul detentor da maior porcentagem do Aqüífero dentro do território brasileiro.

O território estadual é drenado a leste pelos sistemas dos rios Paraná, sendo seus principais afluentes os rios Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema; a oeste é drenado pelo Paraguai, cujos principais afluentes são os rios Taquari, Aquidauana e Miranda. Pelo Rio Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada, produzem-se anualmente inundações de longa duração.

De novembro a março, o Pantanal vive o período das cheias, as depressões são inundadas, formando extensos lagos, reconhecidos como Baías. Alguns desses lagos são alcalinos, apresentando diferentes cores e suas águas, de acordo com as algas que ali se desenvolvem e criam matizes de verde, amarelo, azul, vermelho ou preto. Esses lagos também se interligam ou não por pequenos rios perenes ou periódicos. Nas enchentes ocorre uma interligação entre rios, braços, baías na vazante, a terra enriquecida pelo húmus, se transforma na mais rica fonte de alimentos para sua flora e fauna. Na estação da vazante (de abril a outubro), os rios começam a baixar seus leitos, formando "corixos" ou baías que retém grande quantidade de peixes, fenômeno conhecido pelo nome de "lufada". De julho a setembro a terra é mais seca e a temperatura é amena, chegando a esfriar à noite. No início das chuvas, de outubro a dezembro, o calor é intenso, os rios começam a inundar as terras baixas, os mosquitos proliferam e os mamíferos migram para as terras altas.

A linha de divisa com o estado de Mato Grosso segue limites naturais formados por vários rios.

Vegetação

Os cerrados recobrem a maior parte do estado.

Na planície do Pantanal, no oeste do estado, durante o período de cheias do Rio Paraguai , a região vira a maior região alagadiça do planeta, lá se combinam vegetações de todo o Brasil, até mesmo da Caatinga e da Floresta Amazônica, e é um dos biomas com maior biodiversidade do Brasil.

Os campos, que constituem cinco por cento da vegetação do estado, ocupam ainda uma pequena área na região de Campo Grande e na região de Bela Vista.

Já no extremo leste sul-mato-grossense, há resquícios de Mata Atlântica às margens do rio Paraná.

Economia

A região onde Mato Grosso do Sul está localizado contribui muito para o seu desenvolvimento econômico, pois é vizinho dos grandes centros produtores e consumidores do Brasil: Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além de fazer fronteira com dois países sul-americanos (Bolívia e Paraguai), uma vez que se situa na rota de mercados potenciais de toda a zona ocidental da América do Sul e se comunica com a Argentina através da Bacia do Rio da Prata, dando também acesso ao oceano Atlântico e ao Pacífico através dos países andinos, como Bolívia e Chile. A principal área econômica do estado do Mato Grosso do Sul é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos.

Sua economia está baseado na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. Mato Grosso do Sul possui um dos maiores rebanhos bovinos do país. Além da vocação agropecuária, a infra-estrutura econômica existente e a localização geográfica permitem ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil.

No estado 44,77% da população residente compõe a população economicamente ativa (PEA). Quanto ao rendimento médio das pessoas de dez anos ou mais (1.366.871 habitantes), 55,85% (763.293 habitantes) têm como renda média mensal até um salário-mínimo. Segundo dados da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento de Mato Grosso do sul (SEFOP), do total de ICMS arrecadado pelo estado, 52,7% provém do comércio, 23.7% da agropecuária, 17,2% de serviços e o restante vem da indústria.

O PIB (IBGE-2005) de Campo Grande, a capital do estado, é de cerca de R$ 7 bi. No interior, os três municípios com maior participação na composição do PIB estadual são: Dourados (pólo agropecuário e agroindustrial, comercial e de serviços) com um PIB de R$ 1,8 bilhão, seguido de Corumbá (pólo de pecuária de cria e recria, mineral e turismo) com um PIB de R$ 1,5 bilhão e Três Lagoas (pólo industrial) com um PIB de R$ 1 bi. Nos anos 90 um novo método acabou se aliando ao processo de modernização agropecuária: com o objetivo de aumentar a receita municipal, alguns prefeitos, sem qualquer critério, passaram a usar mecanismos artificiais, como o aumento do perímetro urbano.

Setor primário

A maior produção agropecuária concentra-se na região de Dourados. Desenvolve-se uma agricultura diversificada, com culturas de soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar. Nos campos limpos, pratica-se a pecuária de corte, com numeroso rebanho assumindo importância nas áreas agrícolas. Possui rebanhos de bovinos, muares, eqüinos, suínos, caprinos, ovinos, galinhas, coelhos, bubalinos, galos, frangas, frangos, pintos, asininos e codornas. No Pantanal, a oeste, estão as melhores pastagens do estado.

Setor secundário

A maior parte da energia consumida no estado é produzida pela usina hidrelétrica de Jupiá, instalada no rio Paraná, no estado de São Paulo. As indústrias do Mato Grosso do Sul são responsáveis por vinte por cento desse consumo.

O estado conta com importantes jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho. Uma das maiores jazidas mundiais de ferro é a do monte Urucum, situado no município de Corumbá. De modo geral, o solo tem boas propriedades físicas, mas propriedades químicas fracas, o que exige a correção de cerca de quarenta por cento da área total com o emprego de calcário.

A principal atividade industrial do Mato Grosso do Sul é a produção de gêneros alimentícios, seguida da transformação de minerais não-metálicos e da indústria de madeira. Os beneficiamentos de carne bovina e de arroz têm seu centro na capital. Até antes do desmembramento, toda a carne produzida no Mato Grosso era beneficiada no atual Mato Grosso do Sul. Corumbá é o maior núcleo industrial do Centro-Oeste, com indústrias de cimento, fiação, curtume, beneficiamento de cereais e uma siderúrgica que trata o minério do Maciço do Urucum.

Setor terciário
Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
Ano PIB (R$) PIB per capta (R$)
2000 11.861.168.000,00 5.655,76
2001 13.736.054.569,00 6.448,26
2002 15.153.544.000,00 7.004,00
2003 19.273.681.000,00 8.772,00
2004 21.105.170.000,00 9.461,00
2005 21.641.772.000,00 9.557,00

O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado. A região do pantanal sul mato-grossense atrai visitantes do resto do país e do mundo, interessados em conhecer a beleza natural na região.

Possui atrativos naturais e culturais que podem ser vistos ao participar de passeios turísticos. Os cenários são distintos e com belezas peculiares, sendo rico em flora, fauna e exuberância da natureza. A dedicação de seus habitantes o tornaram uma das mais produtivas áreas agrícolas e seus visitantes devem provar sua comida típica. Principais pontos turísticos:

  • Complexo do Pantanal: é a mais extensa área úmida contínua do Planeta e um santuário ecológico que abriga a maior diversidade mundial de fauna e flora. Nele vivem aproximadamente 650 espécies de aves (cabeças-secas, garças e jaburus, o martim-pescador, os biguás, o pato-do-mato, o colhereiro, o jaçanã, o anu-branco, o pica-pau, entre outras), 240 espécies de peixes (piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado), 50 de répteis, 80 do mamíferos, além de uma imensa diversidade na flora que abriga pastagens nativas, plantas apícolas, comestíveis, taníferas e medicinais.

  • Comércio fronteiriço: para quem busca a opção de compra pelo livre comércio, há as opções das cidades que fazem fronteira com zonas francas como Ponta Porã, Bela Vista, Corumbá e Porto Murtinho.

  • Serra da Bodoquena: onde se localiza Bonito, uma cidade pequena que possui solo calcário é responsável pela cristalinidade dos rios. Região conhecida pelas grutas, cachoeiras e corredeiras.

Energia

O estado é carente de energia elétrica, sendo esse o seu principal obstáculo para a instalação de indústrias na região. A maior parte da eletricidade que o estado consome é comprada de fora, especialmente de São Paulo

Gasoduto, a panacéia desenvolvimentista

O gasoduto delega um dos maiores investimentos destinados para todas as regiões por onde ele atravessa. Funcionando desde 2001 e tendo contrato inicial de 20 anos, possui potencial para promover vários investimentos públicos. Em Mato Grosso do Sul o gasoduto percorre um total de 702 quilômetros, com previsão de construção de uma usina separadora em Puerto Suárez para a transformação do gás natural em gás seco e este será canalizado até Corumbá para consumo de energia industrial. Com relação ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), o projeto acusa problemas ambientais num primeiro momento: a sua construção pode afugentar a fauna e provocar danos à natureza com as escavações e uso de dinamite. Quando começar a funcionar, o gasoduto irá transportar 16 milhões de metros cúbicos/dia, e será necessária segurança necessária para evitar acidentes (vazamentos, acidentes físicos com o duto, entre outros problemas), já que o duto está apenas a um metro de profundidade. Com relação ao impacto social, este empreendimento foi o responsável pela desapropriação de algumas propriedades de pequenos produtores.

Meios de transporte

Ferrovias

O estado é servido por duas linhas ferroviárias:

  • Estrada de Ferro Noroeste do Brasil: a ferrovia foi construída há mais de meio século e o eixo viário corta o Mato Grosso do Sul da divisa com São Paulo, em Três Lagoas, permitindo também o acesso à Bolívia, Peru e Chile. Entretanto, foi extinta com a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) em 1995, quando o grupo americano Noel Group, que na época era sócio majoritário da Empresa Novoeste S/A (empresa adquirida em 2006 pela ALL), assumiu a concessão do trecho Bauru (São Paulo) – Corumbá, mas acabou abandonando a mesma, a ponto de a falta de manutenção da ferrovia ter prejudicado o transporte da produção agrícola de Mato Grosso do Sul e também da Bolívia, funcionando de forma precária e restringindo-se quase exclusivamente ao transporte de carga. A abertura de frentes pioneiras com a construção de ferrovias formam conquistas e avanços nas terras indígenas, mas também acaba causando graves problemas sociais, como a desterritorialização, marginalização e empobrecimento dos nativos, que se deslocam para as periferias das cidades. Este meio de transporte já funcionou conduzindo passageiros com a função de turismo ou de comércio de exportação, partindo de São Paulo a Bauru, de Bauru a Corumbá e de Corumbá à Bolívia, percorrendo 1.618 km em território brasileiro. Atualmente a ALL administra a ferrovia através da Novoeste (antigo Trem do Pantanal), transportando anualmente mais de 2 milhões de toneladas de mercadorias tais como: minério de ferro, minério de manganês, soja, cimento, derivados de petróleo, combustíveis, produtos siderúrgicos dentre outros. Este elemento articula os vetores sócio-econômicos, e através dela ocorre a integração de novos países ao bloco regional Mercosul. Faz parte das metas do governo estadual e federal reativar o agora chamado Trem do Pantanal para passageiros lentamente até 2009.

  • Ferronorte: mais recente (construída entre as décadas de 1980 e 1990), sai de Santa Fé do Sul no estado de São Paulo e cruza o rio Paraná até Aparecida do Taboado. Daí segue para o norte do estado, passando por cidades como Inocência e Chapadão do Sul até atingir Alto Taquari, no sul do estado de Mato Grosso. Tem como principais produtos para transporte os grãos para exportações.

Rodovias

Seu sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. Os principais eixos rodoviários são:

  • BR-163: liga Sonora a Mundo Novo

  • BR-267: liga Porto Murtinho a Porto Quinze de Novembro, no rio Paraná, e a Ourinhos, em São Paulo.

  • BR-060: liga Chapadão do Sul a Bela Vista

  • BR-262: liga Corumbá á Vitória (Espírito Santo)

Fluvial

A navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. O principal porto é os da região de Corumbá (Corumbá, Ladário e Porto Esperança) e Porto Murtinho, todos no rio Paraguai.

Aéreo

Mato Grosso do Sul é um estado muito bem servido no que diz respeito a aeroportos, possuindo cinco:

  • Internacionais: Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

  • Regionais: Dourados e Bonito

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Processos de Globalização

Processos de Globalização

Até a Revolução Industrial, o processo de mundialização da economia foi vagaroso, devido às limitações nos transportes e nas comunicações. Com a Revolução Industrial e a liberação do Capitalismo para suas plenas possibilidades de expansão, a globalização deu um salto qualitativo e significativo. A ampliação dos espaços de lucro conduziu à globalização. O mundo passou a ser visto como uma referência para obtenção de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-primas. Num primeiro momento, a globalização foi também o espaço para o exercício de rivalidades intercapitalistas e resultou-se em duas guerras mundiais. Ao longo do século XX, a globalização do capital foi conduzindo à globalização da informação e dos padrões culturais e de consumo. Isso deveu-se não apenas ao progresso tecnológico, mas - e, sobretudo - ao imperativo dos negócios. A tremenda crise de 29 teve tamanha amplitude justamente por ser resultado de um mundo globalizado, ou seja, ocidentalizado, face à expansão do Capitalismo. Ao entrarmos nos anos 80/90, o Capitalismo, ingressou na etapa de sua total euforia triunfalista, sob o rótulo de Neo-Liberalismo. Tais são os nossos tempos de palavras perfumadas: reengenharia, privatização, economia de mercado, modernidade e - metáfora do imperialismo - globalização. Os avanços tecnicocientíficos (informática, cabos de fibra óptica, telecomunicações, química fina, robótica, bioteconologia e outros) e a difusão de rede de informação reforçaram e facilitaram o processo de globalização. Estabeleceram um intercâmbio acelerado (reduzindo o espaço e o tempo), não só na esfera econômica (mercados, tecnologia de produção), mas atingindo também, os hábitos, os padrões culturais e de consumo.A classe trabalhadora, debilitada por causa do desemprego, resultante do maciço investimento tecnológico, ou está jogada no desamparo, ou foi absorvida pelo setor de serviços, uma economia fluida e que não permite a formação de uma consciência de classe. No momento presente, inexistem abordagens racionais e projetos alternativos para as misérias sociais, o que alimenta irracionalismos à solta.

Primeira Fase da Globalização
Existe, como em quase tudo que se diz respeito da história, uma grande controvérsia em estabelecer-se uma periodização para estes cinco séculos de integração econômica e cultural, que podemos chamar de globalização, iniciados pela descoberta de uma nova rota marítima para as Índias e pelas terras do Novo Mundo.
De certo modo até as duas grandes guerras mundiais de 1914-18 e a de 1939-45, e antes delas a Guerra dos Sete Anos (de 1756-1763), provocaram a intensificação da globalização quando adotaram algumas macro-estratégias militares para perseguir os adversários, num mundo quase inteiramente transformado em campo de batalha. Assim sendo, nos definimos pelas seguintes etapas: primeira fase da globalização, ou primeira globalização, dominada pela expansão mercantilista (de 1450 a 1850) da economia-mundo européia, a segunda fase, ou segunda globalização, que vai de 1850 a 1950 caracterizadas pelo expansionismo industrial-imperialista e colonialista e, por última, a globalização propriamente dita, ou globalização recente, acelerada a partir do colapso da URSS e a queda do muro de Berlim, de 1989 até o presente.

Segunda Fase da Globalização
Os principais acontecimentos que marcam a transição da primeira fase para a segunda dão-se nos campos da técnica e da política. A partir do século 18, a Inglaterra industrializa-se aceleradamente e, depois, a França, a Bélgica, a Alemanha e a Itália. A máquina a vapor é introduzida nos transportes terrestres e marítimos. Conseqüentemente esta nova época será regida pelos interesses da indústria e das finanças, e não mais das motivações dinásticas-mercantis. Será a grande burguesia industrial e bancária, e não mais os administradores das corporações mercantis e os funcionários reais quem liderará o processo.
A escravidão que havia sido o grande esteio da primeira globalização, tornou-se um impedimento ao progresso do consumo e, somada à crescente indignação que ela provoca, termina por ser abolida, primeiro em 1789 e definitivamente em 1848 (no Brasil ela ainda irá sobreviver até 1888). No campo da política a revolução americana de 1776 e a francesa de 1789, irão liberar grande energia fazendo com que a busca da realização pessoal termine por promover uma ascensão social das massas. Depois, como resultado das Guerras Napoleônicas e da abolição da servidão e outros impedimentos feudais, milhões de europeus, abandonaram seus lares e emigram para os EUA, Canadá, e para a América do Sul. A posse de novas colônias torna-se um ornamento na política das potências (a Grã-Bretanha possui mais de 50, ocupando áreas antieconômicas).
O mercado chinês finalmente é aberto pelo Tratado de Nanquim de 1842 e o Japão também é forçado a abandonar a política de isolamento da época ao assinar um tratado com os americanos. Cada uma das potências européias rivaliza-se com as demais na luta pela hegemonia do mundo. O resultado é um acirramento da corrida imperialista e da política belicista que levará os europeus a duas guerras mundiais. Entre outros aspectos técnicos ajudam a globalização: o trem e o barco a vapor encurtam as distâncias, o telégrafo e o telefone, aproximam os continentes e os interesses ainda mais.
Nestes cem anos da segunda fase da globalização (1850-1950) os antigos impérios dinásticos desabaram. Das diversas potências que existiam em 1914 (Império britânico, o francês, o austro-húngaro, o italiano, o russo e o turco) só restam depois da 2ª Guerra, as superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética.
Derrotadas pelas guerras as metrópoles desabaram, obrigando-se a aceitar a libertação dos povos coloniais que formaram novas nações. Algumas independentes e outras neocolonizadas continuaram ligadas ao sistema internacional. Somam-se, no pós-45, os países do Terceiro Mundo recém independentes, às nações latino-americanas que conseguiram autonomia política, no fim da 1ª fase. No entanto nem a descolonização nem as revoluções comunistas, servirão de obstáculo para que o processo de globalização seja retomado.

Períodos da Globalização
Data - Período - Caracterização
1450-1850 /Primeira fase /Expansionismo mercantilista
1850-1950 /Segunda fase /Industrial-imperialista-colonialista
Pós 1989 /Globalização Recente

Cibernética- tecnológica- associativa A primeira globalização, resultado da procura de uma rota marítima para as Índias, assegurou o estabelecimento das primeiras feitorias comerciais européias na Índia, China e Japão, e abriu aos conquistadores europeus as terras do Novo Mundo. Enquanto as especiarias eram embarcadas para os portos, milhares de imigrantes iberos, ingleses e holandeses, e, uns números bem menores de franceses, atravessaram o Atlântico para vir ocupar a América. Aqui formaram colônias de exploração, no sul da América do Norte, no Caribe e no Brasil, baseadas geralmente num só produto (açúcar, tabaco, café, minério, etc.) utilizando-se de mão de obra escrava vinda da África ou mesmo indígena. Para atender as primeiras, as colônias de exploração, é que o brutal tráfico negreiro tornou-se rotina.
Igualmente não se deve omitir que ela promoveu uma espantosa expropriação das terras indígenas e ou na destruição da sua cultura. Em quase toda a América ocorreu uma catástrofe demográfica, devido aos maus tratos que a população nativa sofreu e as doenças e epidemias que os devastaram, devido ao contato com os europeus.
Nesta primeira fase estrutura-se um sólido comércio triangular entre a Europa (fornecedora de manufaturas) África (que vende seus escravos) e América (que exporta produtos coloniais). A imensa expansão deste mercado favorece os artesãos e os industriais emergentes da Europa que passam a contar com consumidores num raio bem mais vasto do que aquele abrigado nas suas cidades, enquanto que a importação de produtos coloniais faz ampliar as relações inter-européias.
Politicamente, a primeira fase da globalização se fez quase toda ela sob a proteção das monarquias absolutistas que concentram enorme poder e mobilizam os recursos econômicos, militares e burocráticos, para manterem e expandirem seus impérios coloniais. Os principais desafios que enfrentam advinham das rivalidades entre elas, seja pelas disputas dinásticas-territoriais ou pela posse de novas colônias no além mar, sem esquecer-se do enorme estragos que os corsários e piratas faziam.
A doutrina econômica da 1ª fase foi o mercantilismo, adotado pela maioria das monarquias européias para estimular o desenvolvimento da economia dos reinos. Ele compreendia numa legislação que recorria a medidas protecionistas, incentivos fiscais e doação de monopólios, para promover a prosperidade geral. A produção e distribuição do comércio internacional eram feitas por mercadores privados e grandes companhias comerciais. Todo o universo econômico destinava-se a um só fim, acumular riqueza. O poder de um reino era analisado pela quantidade de metal precioso (ouro, prata e jóias) existente nos cofres reais. Para assegurar seu aumento o estado exercia controle nas importações e no comércio com as colônias. Esta política levou cada reino europeu a terminarem se transformando num império comercial, tendo colônias e feitorias espalhadas pelo mundo todo.

Globalização Recente
No decorrer do século 20 três grandes projetos de liderança da globalização conflitaram-se entre si: o comunista; o da contra-revolução nazi-fascista e o projeto liberal-capitalista.
Num primeiro momento ocorreu a aliança entre o liberalismo e o comunismo (em 1941-45) para a auto defesa e depois, a destruição do nazi-fascismo. Num segundo momento os EUA e a URSS, se desentenderam gerando a guerra fria, onde o liberalismo norte-americano rivalizou-se com o comunismo soviético numa guerra ideológica mundial e numa competição armamentista e tecnológica que quase levou a humanidade a uma catástrofe.
Com a política da glasnost, a guerra fria encerrou-se e os Estados Unidos proclamaram-se vencedores. O momento símbolo disto foi à derrubada do Muro de Berlim ocorrida em novembro de 1989, acompanhada da retirada das tropas soviéticas da Alemanha reunificada e seguida da dissolução da URSS em 1991. A China comunista, por sua vez, que desde os anos 70 adotara as reformas visando sua modernização, abriu-se em várias zonas especiais para a implantação de indústrias multinacionais. Desde então só restou hegemonia no moderno sistema mundial a economia-mundo capitalista, não havendo nenhuma outra barreira a antepor-se à globalização.
Chegamos desta forma a situação presente onde sobreviveu uma só superpotência mundial: os Estados Unidos. É a única que tem condições operacionais de realizar intervenções militares em qualquer canto do planeta (Kuwait-91, Haiti-94, Somália-96, Bósnia-97, etc.). Enquanto na segunda fase da globalização vivia-se na esfera da libra esterlina, agora é a era do dólar, enquanto que o idioma inglês tornou-se a língua universal por excelência. Pode-se até afirmar que a globalização recente nada mais é do que a americanização do mundo.

Vantagens e Desvantagens
Prós e Contras
A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso cotidiano e mudanças que estão tornando a vida de muita gente mais difícil. Um dos efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro. No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia com a entrada de produtos importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. A opção de escolha que temos hoje é muito maior. Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas. O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que, não só o Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm hoje pela frente: crescer o suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado, além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países periféricos em relação aos desenvolvidos. A questão que se coloca nesses tempos é como identificar a aproveitar as oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada.